Fórum Ibracon Jovem reuniu novas gerações da auditoria para debater o futuro da profissão - Ibracon
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Fórum Ibracon Jovem reuniu novas gerações da auditoria para debater o futuro da profissão

20 de outubro de 2025

Evento aconteceu no sábado, 18, no formato híbrido, sendo o presencial no Teatro Fecap, em São Paulo

No sábado, 18 de outubro, aconteceu o Fórum Ibracon Jovem, no formato híbrido, sendo o presencial no Teatro FECAP, em São Paulo. O encontro, promovido pelo Ibracon – Instituto de Auditoria Independente do Brasil, reuniu estudantes, jovens profissionais e líderes do setor para um dia de inspiração, aprendizado e trocas sobre o futuro da auditoria independente.

A condução do evento ficou a cargo de Aliane Rizzo, gerente de Desenvolvimento Profissional do Ibracon, e Maria Clara Cruz, embaixadora do Ibracon Jovem, que atuaram como mestras de cerimônia, conduzindo a programação.

Na abertura, o presidente do Ibracon, Sebastian Soares, destacou o propósito do encontro. “A intenção desse Fórum é justamente dar voz ao jovem para entender como vocês enxergam o futuro da auditoria: seus anseios, desafios e expectativas para a profissão. Hoje, teremos três temáticas centrais, todas extremamente relevantes e que continuarão impactando a profissão nos próximos anos: tecnologia e inteligência artificial, Reforma Tributária e sustentabilidade. Essas três agendas precisam estar entre as nossas prioridades de conhecimento e aprendizagem.”

A programação foi marcada por quatro painéis temáticos, que trouxeram diferentes olhares sobre carreira, tecnologia, impacto social e diversidade.

Carreira em evolução: preparando sua jornada

Abrindo o ciclo de debates, o primeiro painel reuniu Marcos Jesus, gerente de auditoria; Guido Rodrigues, trainee de auditoria; e Thiago Brehmer, sócio de auditoria. A mediação foi feita pelos embaixadores do Ibracon Jovem Bárbara Amorim e Vitor Santana.

Bárbara Amorim ressaltou o valor da trajetória e da dedicação na construção da carreira em auditoria. “A auditoria tem como essência essa bagagem que você constrói ao longo do percurso. Independentemente do cargo que ocupe, é uma carreira que abre muitas portas, justamente por proporcionar uma visão ampla e integrada dos negócios. Por isso, desenvolva-se, busque sempre mais. Quanto mais você se dedicar, mais resultados vai colher dentro da auditoria. No fim do dia, tudo depende de você.”

Para Guido Rodrigues, o crescimento na profissão é rápido e enriquecedor. “Cada um vai ter sua própria experiência, mas é uma profissão com uma progressão vertical muito rápida. Você tem contato tanto com analistas quanto com CFOs, e o quanto isso agrega para o seu conhecimento é indescritível.”

Thiago Brehmer, destacou os pilares que sustentam o desenvolvimento profissional. “A carreira de auditoria é dividida em cinco ‘baldes’: conhecimento, habilidade, crescimento financeiro, reputação e relacionamentos. O que a auditoria proporciona é a oportunidade de construir e adquirir conhecimento e habilidades.”

Tecnologia que move e transforma

O segundo painel trouxe à tona o papel da inovação e da inteligência artificial na auditoria. Participaram Melina Ugarelli, diretora de Transformação e Design; Lucy Tabuti, professora e consultora em criatividade e inovação; e Leonardo Sousa, gerente de auditoria. A moderação ficou por conta das embaixadoras Paola Guerra e Jucilene Ferreira, do Ibracon Jovem.

Na abertura do debate, Jucilene Ferreira destacou a importância de aliar tecnologia e propósito. “Se a tecnologia é capaz de mostrar o que queremos ver e ouvir, por que não utilizá-la também para melhorar nossas análises, avaliações de risco e o entendimento sobre o que o cliente tem a nos propor? A auditoria vai muito além de compreender processos, riscos e planilhas. O propósito é criar valor real a partir do que avaliamos e gerar impacto social.”

Melina Ugarelli, diretora de Transformação e Design, reforçou que a inteligência artificial deve ser vista como uma ferramenta de apoio. “Devemos usar a inteligência artificial como algo que acelera o dia a dia, ajuda nas tarefas e traz mais valor. É preciso pensamento crítico e saber avaliar se a resposta da tecnologia faz sentido. Se não fizer, é sinal de que precisamos gerenciar a tecnologia, e não ser gerenciados por ela.”

Lucy Tabuti, professora e consultora em criatividade e inovação, trouxe uma reflexão sobre o papel da criatividade na era digital. “Como auditores, precisamos enxergar: o que eu posso aproveitar da tecnologia que existe hoje para criar e inovar? A comunicação foi criada há milhares de anos, mas tem sido inovada continuamente pela tecnologia. E inovação é isso: fazer as mesmas coisas de forma diferente, usando as ferramentas ao nosso favor. Usar a tecnologia sem responsabilidade é perigoso.”

Já Leonardo Sousa, gerente de auditoria, ressaltou os atributos fundamentais da profissão frente às novas ferramentas. “Lidamos com dados confidenciais e, por isso, nem tudo pode ser inserido em inteligências artificiais generativas. Cabe ao auditor compreender quais dados podem ser manipulados, como devem ser tratados e qual é o impacto disso na reputação das companhias que auditamos. A tecnologia anda lado a lado com o auditor, mas ela não substitui o olhar humano, o ceticismo profissional nem a capacidade de análise crítica que definem o nosso trabalho.”

Profissão com impacto: juntos pelo amanhã

O terceiro painel trouxe o impacto social e o propósito coletivo como eixos centrais. Participaram Johnny Robert Lima, da ONG Hamburgada do Bem; David Fernandes, sócio de auditoria; e Cristiano Moura, da ONG ChildFund. A moderação ficou com as embaixadoras do Ibracon Jovem Kathleen Frias e Steffany Izidoro.

Johnny Robert Lima, destacou o poder transformador da interação humana. “O contato entre o voluntário e a criança faz com que as duas pessoas se tornem melhores. Quando a criança passa o dia com um voluntário, ela se inspira e pensa: ‘Eu quero ser um auditor, eu quero ser um profissional como ele’. Esse é o impacto real da Hamburgada do Bem.”

Cristiano Moura, relacionou ética e sustentabilidade ao trabalho da auditoria independente. “O olhar da auditoria também está voltado para o impacto coletivo. Com ética, responsabilidade e transparência, auditores e auditoras ajudam a fortalecer as bases de um país mais sustentável.”

Steffany Izidoro, destacou a importância de dar oportunidades a novos talentos. “Está no DNA das firmas de auditoria dar oportunidades para quem está começando. Muitas vezes chegam estagiários e trainees sem saber absolutamente nada do técnico, e a auditoria oferece essa chance. É uma profissão em que a gente consegue crescer mesmo sem ter uma bagagem antes.”

Diversidade que fortalece

Encerrando o evento, o painel sobre diversidade reuniu Karla Carioca, membro do Grupo de Trabalho (GT) Firmas de Auditoria de Pequeno e Médio Portes (FAPMP) do Ibracon; e Eduardo Alves, sócio de Tax. A mediação foi feita pelos embaixadores do Ibracon Jovem Matheus Zurli e Maria Julia Esteves.

Karla Carioca destacou a importância do tema para o fortalecimento da profissão. “Falar de pessoas é falar de diversidade. A auditoria conversa muito com esse tema, porque o nosso papel é trazer credibilidade para o mercado e formar novos profissionais. E com isso, o ambiente naturalmente se torna mais diverso.”

Matheus Zurli, reforçou a necessidade de atitudes concretas para promover inclusão. “Devemos vivenciar e praticar a diversidade. Indicar profissionais, independentemente de orientação, raça ou credo. E lembrar que nós, mulheres, não vamos sozinhas conquistar o nosso espaço — precisamos do apoio dos homens também, até porque eles estão ocupando os espaços.”

O Fórum foi encerrado com o discurso da diretora de Desenvolvimento Profissional do Ibracon, Shirley Silva, que destacou o papel da nova geração para o fortalecimento da profissão. “A participação dos jovens é essencial para garantir a continuidade e a inovação na auditoria independente. Eventos como o Fórum Ibracon Jovem mostram o quanto essa nova geração está preparada, curiosa e comprometida com o futuro da profissão.”

Por Comunicação Ibracon