Terça-feira, 12 de Janeiro de 2016
Perdas com fraudes chegam a 5% do faturamento
Por Gilmara Santos
Reduzir fraudes nas empresas é um dos principais desafios de gestores em todo o mundo. A estimativa, conforme a Association of Certified Fraud Examiners (ACFE), é que as organizações percam cerca de 5% do faturamento devido a fraudes, o que, projetado para o Produto Global Bruto, equivale a US$ 3,7 trilhões desviados anualmente no mundo. A ACFE existe desde 1996 e, no ano passado, analisou 1.483 casos de fraude.
A pesquisa apontou que, na origem da detecção desse tipo de desvio, estão as denúncias feitas por funcionários das próprias organizações, a auditoria interna e outros sete itens até chegar à auditoria externa. "A auditoria independente contribui para dar mais transparência, o que ajuda a coibir as fraudes, mas vale destacar que o combate às fraudes cabe à própria companhia", destaca Geuma Nascimento, da TG&C.
Ainda segundo o estudo, as principais fraudes são a apropriação indevida, a corrupção e demonstrações contábeis corrompidas. Especialistas destacam que, diferentemente do erro, a fraude é mais difícil de ser detectada, já que o erro é involuntário e deixa pegadas que a auditoria independente pode rastrear. Já a fraude é intencional e explora oportunidades não blindadas pelo sistema de governança da empresa.
A expectativa, conforme destaca a diretora da área de firmas e auditoria de pequeno e médio portes do Instituto dos Auditores Independentes do Brasil (Ibracon), Mônica Foerster, é que haja aumento da busca por suporte de auditores também por parte das pequenas empresas, com o intuito de reduzir os riscos da organização.
Além dos auditores, contadores também podem atuar para evitar fraudes. "O profissional habilitado para fazer cumprir as normas legais nos registros, controle e nas demonstrações econômicas e financeiras é o contabilista. Daí o papel fundamental que ele exerce em favor da sociedade", afirma o advogado Miguel Silva.
"Há um processo em curso, que não tem mais volta, que é o da transparência e da governança corporativa. As empresas passarão a enxergar a contabilidade como fundamental para o negócio", diz o diretor-executivo da NTW Brasília, Ricardo Passos.
Além disso, os contadores terão o papel de dá suporte às pequenas e médias empresas que também estão convergindo com as normas internacionais. "Se as empresas não tiverem uma contabilidade em ordem podem perder grandes oportunidades de negócios", afirma Passos.
Fonte: DCI-12/01/2016
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